O concurso da Polícia Militar de Sergipe (PM-SE) foi suspenso pela Justiça após denúncias de irregularidades no Teste de Aptidão Física (TAF), uma das fases mais importantes do certame.
A decisão foi assinada nesta segunda-feira (12) pelo juiz Gustavo Adolfo Plech Pereira, que acolheu parcialmente o pedido de uma candidata que se disse prejudicada durante a avaliação física.
PM-SE apresentou falhas na aplicação e ausência de critérios claros
A candidata acionou a Justiça alegando ter sido eliminada indevidamente e solicitou sua reintegração ou, alternativamente, a paralisação de todo o processo.
O juiz entendeu que não havia elementos suficientes para conceder a reintegração da candidata nas fases seguintes, mas destacou que os indícios apresentados eram relevantes o bastante para justificar a suspensão temporária do concurso.
A decisão atende ao princípio da isonomia e da transparência, considerados essenciais em qualquer concurso público. O certame está sendo organizado pelo Instituto Selecon, que também foi citado nas denúncias apresentadas.
A denúncia que motivou a suspensão
A principal denúncia que motivou a suspensão judicial envolve a forma como o TAF foi aplicado. A candidata alega que houve confusão entre versões diferentes do edital e que a versão utilizada para avaliação não corresponde à mais recente.
Segundo ela, isso teria comprometido diretamente os critérios de eliminação e gerado insegurança jurídica aos participantes. Ainda de acordo com o relato, não havia parâmetros objetivos claramente definidos para aprovar ou reprovar os candidatos.
Outro ponto levantado é a possível atuação de profissionais ligados à banca organizadora como treinadores físicos de concorrentes antes da realização do TAF.
Se confirmado, o caso configura conflito de interesses e quebra de isonomia, já que esses examinadores teriam acesso privilegiado às exigências da prova e poderiam preparar determinados candidatos com base nesses conhecimentos.
A Justiça optou, por ora, apenas pela suspensão do concurso, sem determinar a reintegração da candidata que apresentou o pedido.
No entanto, o juiz deixou claro que a apuração das denúncias será feita com rigor, e que o processo seletivo só poderá seguir após a devida verificação de todas as informações.
Selecon é questionada e concurso segue sem nova data definida
Com a decisão de suspensão, o concurso da PM-SE entra em um estado de incerteza. O Instituto Selecon, responsável pela organização do certame, ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias, mas a sua atuação já é alvo de desconfiança entre os candidatos.
A banca será questionada sobre os procedimentos adotados durante o TAF e deverá prestar esclarecimentos à Justiça e aos órgãos de controle.
A suspensão do concurso gera impacto direto para milhares de candidatos que aguardavam a conclusão das próximas etapas.
Até o momento, não há definição sobre quando o certame será retomado ou se haverá reavaliação coletiva dos candidatos eliminados no TAF.
A recomendação do Tribunal de Justiça é de cautela, garantindo que o andamento do concurso só ocorra com a total correção dos problemas apontados.
A medida reforça a importância de processos seletivos públicos conduzidos com total imparcialidade, transparência e obediência às normas previstas em edital.
Candidatos devem permanecer atentos aos canais oficiais da PM-SE e do Instituto Selecon para eventuais atualizações sobre o andamento do certame.
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