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BC vai monitorar juros do cartão em todos os bancos a partir de julho

Banco Central vai exigir dados de juros do cartão de todas as instituições financeiras.

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A partir de julho de 2025, o Banco Central começará a coletar dados de todas as instituições que operam com cartão de crédito no país. 

A mudança, prevista na Instrução Normativa nº 618, amplia a transparência sobre o crédito rotativo e os encargos cobrados nas faturas parceladas. A iniciativa é uma resposta direta à nova regulamentação que limita os juros no cartão, em vigor desde janeiro de 2024.

Até então, apenas os 15 maiores emissores, que representam cerca de 80% do mercado, eram obrigados a fornecer essas informações. Agora, a exigência se estende a bancos médios, fintechs e instituições de pagamento, o que vai permitir uma visão muito mais precisa da realidade do setor.

O que muda a partir de julho?

A mudança vem na esteira do Programa Desenrola Brasil, que já retirou milhões de brasileiros da inadimplência, e reforça o papel do Banco Central como fiscalizador do sistema financeiro.

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A principal mudança está na obrigatoriedade do envio mensal de dados sobre juros e encargos acumulados em duas modalidades: o crédito rotativo e o parcelamento do saldo devedor. Essas informações serão coletadas inclusive de instituições que antes estavam fora do radar do Banco Central.

Segundo especialistas, a medida é uma forma de o BC se antecipar a abusos e agir com mais eficiência para proteger o consumidor. A ideia é ter um mapa mais claro do custo real da dívida no cartão, um dos tipos de crédito mais caros do Brasil.

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Vale lembrar que, desde 2023, está em vigor a Lei nº 14.690, que determina que os juros e encargos não podem ultrapassar o valor original da dívida — salvo se houver uma autorregulação aprovada pelo setor. Como isso não aconteceu, a regra passou a valer em janeiro de 2024.

A nova exigência não interfere nas taxas de juros contratadas entre banco e cliente, mas muda a forma como o Banco Central acompanha e interpreta esses dados.

Lei do Desenrola e o controle da dívida

A ampliação do monitoramento está diretamente ligada aos desdobramentos do Programa Desenrola Brasil, que ajudou a renegociar dívidas de milhões de brasileiros. Com a nova regra, o foco passa a ser prevenir o superendividamento, agindo antes que ele aconteça.

Na prática, o BC passa a ter acesso a dados mais robustos e pode acompanhar, em tempo real, os efeitos das novas regras. Isso inclui, por exemplo, a análise de quanto os encargos somam em relação à dívida original, e se essa proporção está de fato respeitando os limites legais.

Essas informações serão disponibilizadas em uma nova área do site do Banco Central, permitindo que qualquer pessoa consulte os percentuais médios e entenda melhor como funciona o crédito rotativo no país.

Um crédito mais consciente e transparente

Banco central
Imagem: Divulgação

Nos últimos anos, o BC também adotou medidas para tornar o uso do rotativo mais racional. Uma delas foi a regra que obriga a migração automática da dívida para o parcelado após 30 dias. Desde então, o uso do crédito se tornou mais planejado e menos impulsivo.

Agora, com o envio obrigatório das informações por todas as instituições, o objetivo é reforçar essa conscientização e aumentar a previsibilidade do sistema.

O advogado Leandro Borges, especialista em Direito Bancário, afirma que a nova regra é uma ferramenta indireta, mas poderosa: “Com maior clareza sobre o custo da dívida, o consumidor se protege melhor. E o regulador pode agir mais rapidamente diante de distorções”.

A expectativa é que esse novo formato de monitoramento do Banco Central traga mais equilíbrio ao mercado e contribua para reduzir os juros de forma mais efetiva.

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Thaís Amorim
Thaís Amorim
Redatora formada em Marketing, SEO e apaixonada por explorar o conhecimento de maneiras criativas e transformadoras. Inspirada pelo arquétipo do fora da lei, acredito em desafiar limites e criar conteúdos que realmente conectem e inspirem. Quando não estou mergulhada em livros, séries, animes ou filmes clássicos, estou ajudando a transformar ideias em palavras que impulsionam aprendizados para concursos e cursos.

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